logo RCN

Aneel anuncia bandeira verde nas contas de luz no mês de março

Mesmo com estabilidade na oferta de energia, um plano de eficiência energética é necessário para empresas que não querem pagar por desperdícios, explica especialista

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a bandeira verde continuará em vigor no mês de março. A cor indica que a conta de luz não terá acréscimos para compensar a produção mais cara, geralmente caracterizada pela geração por termelétricas.

Segundo o órgão, a bandeira verde reflete a melhoria dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que foram beneficiados pelas chuvas das últimas semanas, e é válida para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Para provar que o país vive uma fase de segurança energética, a Agência anunciou que mais 1280,2 megawatts (MW) de energia foram incorporados à matriz brasileira no mês de janeiro. Mais de 80% desse total de energia incorporada ao sistema é proveniente de fontes renováveis, sendo 871,9 MW oriunda de fontes eólicas e 364,1 MW gerados por usinas fotovoltaicas, de fonte solar.

Com a estabilidade de geração, para este ano é previsto um aumento no custo de energia elétrica bem abaixo do que foi anunciado para 2022. Enquanto a estimativa de aumento na conta de luz para 2023 deve ficar em torno dos 5,6%, no ano passado o aumento foi três vezes maior, de 16,7%.

Apesar de um cenário mais favorável para a geração de energia, o uso racional e eficiente ainda é a melhor estratégia para evitar desperdícios e reduzir custos. No caso de empresas, um plano diretor de eficiência energética pode ser a diferença entre gastar mais ou gastar menos. O engenheiro eletricista Adolpho Baltazer Bonella explica que o plano consiste em um conjunto de ações administrativas e tecnológicas voltadas para a redução dos custos com energia.

"A elaboração de um plano é muito importante para definir as diretrizes, prioridades e estabelecer um compromisso da alta direção e de toda a força de trabalho da corporação com os resultados a serem alcançados", comenta.

Com 18 anos de experiência na área de engenharia elétrica, ele informa que o primeiro passo para a elaboração do plano é fazer um diagnóstico da empresa para elaborar as oportunidades de redução de custos com aquisição, contratação e utilização do insumo energético. Segundo ele, a partir do diagnóstico, é preciso estabelecer os indicadores chaves de performance (conhecidos como KPI´s, da sigla em inglês para Key Performance Indicator) e a linha de base inicial. Em seguida, o plano deve contemplar as metas e objetivos a serem alcançados através de ações de eficiência com viabilidade técnica e econômica.

"Por fim, é necessário estabelecer um ranking dessas ações de eficiência energética com base em indicadores econômicos como o tempo para o retorno de investimento (ROI) e o valor presente líquido (VPL)", completa o profissional.

Adolpho Bonella explica ainda que, após a implantação das ações de eficiência energética, vem a fase de medição e verificação para avaliar os resultados obtidos. "Quando terminada esta última etapa, um novo ciclo se inicia buscando sempre a melhoria contínua dos processos e otimização dos custos energéticos para uma empresa sustentável ambientalmente e economicamente", finaliza.

Novos empreendimentos liberados pela Aneel garantem geração de energia

Para garantir a segurança do abastecimento de energia elétrica e acréscimo de potência agregada ao Sistema Interligado Nacional, nove estados tiveram empreendimentos liberados para operação comercial no mês de janeiro. Eles estão localizados nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Segundo a Aneel, os destaques, em potência instalada, foram os estados do Rio Grande do Norte (579,6 MW), Minas Gerais (319,4 MW) e Bahia (163,80 MW).

Além desses estados, houve liberação de empreendimentos nos estados do Amazonas (2,3 MW), Pernambuco (40,5 MW), Paraná (16 MW), Piauí (103,1 MW) e Santa Catarina (22,5 MW). De acordo com a Aneel, o Brasil iniciou 2023 com 190.186,12 MW de potência fiscalizada, conforme dados do Sistema de Informações de Geração do órgão (Siga). Ainda segundo a instituição, a previsão de expansão de capacidade instalada para 2023 é de 10,3 gigawatts (GW).


Petrobras reduz gasolina em 3,9% e diesel em 1,9% antes de volta de impostos sobre combustíveis Anterior

Petrobras reduz gasolina em 3,9% e diesel em 1,9% antes de volta de impostos sobre combustíveis

SC ganha destaque na PNAD Contínua com menor desemprego desde 2014 Próximo

SC ganha destaque na PNAD Contínua com menor desemprego desde 2014

Deixe seu comentário